Quando o Comitê de Gerenciamento das Bacias dos Rios Tijucas e Biguaçu, e bacias contíguas abraçou a missão de levar a boa nova das águas sabia que a messe era grande, e que os trabalhadores eram poucos. A seara, porém, necessitaria de boas sementes, e sim, de perseverança. Assim ocorreu, nesta quinta-feira, 20/7, no Auditório do Centro Catequético Padre Alfredo Junkes, localizado na Praça Anchieta, em Antônio Carlos-SC, a segunda etapa da Capacitação Água Vida, Vida Nova – formando multiplicadores ambientais. A iniciativa do Comitê Tijucas Biguaçu contou com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e da Universidade do Vale do Itajaí (Univali).
Com participação acima da média, os dois cursos realizados, em Tijucas (29/6)
e Antônio Carlos (20/7), reuniram mais de 120 participantes, entre pesquisadores, estudantes, professores, além de líderes comunitários e agentes públicos estaduais e municipais. As atividades teóricas e práticas conferiram maior dinamismo aos trabalhos já realizados pelo comitê em parceria com seus mais de 50 representantes (com cadeira no comitê) referendado pelos técnicos e câmara técnica.
Responsabilidade socioambiental
Todos os anos, o Comitê Tijucas-Biguaçu promove concursos de redação e
desenho com a comunidade escolar da Bacia Hidrográfica, além de uma maratona fotográfica que tem por objetivo revelar talentos na região. Em 2016, o comitê utilizou o tema da Campanha da Fraternidade da CNBB “Água e esgoto: qual é nossa responsabilidade”, provocando um debate sobre o uso e reuso da água nos 14 municípios onde presta relevante trabalho socioambiental desde sua fundação em 2001. No mesmo ano o comitê apresentou proposta, vencendo o edital promovido pelo Fundo Ecumênico da CNBB para realização de dois cursos de capacitação em nossa região hidrográfica. Além disso, as matérias veiculadas no período da Campanha da Fraternidade de 2016 que deram enfoque aos trabalhos das escolas com apoio do comitê ajudaram muito na realização desses cursos.
Os participantes visitaram três pontos do Rio Biguaçu: na localidade de Rio Farias, em um ponto onde o rio não possui interferência antrópica (humana); outro ponto nas proximidades da Femsa-Vonpar, onde o rio sofre um processo grave de assoreamento e recebimento de esgotos e agrotóxicos; e o terceiro ponto já na cidade de Biguaçu, com observação da Foz do Rio e Baía de São Miguel, onde é possível observar bancos de areias formados pelo carreamento de materiais depositados no rio e trazidos pelas fortes chuvas. O Rio Biguaçu era navegável até Antônio Carlos até o ano de 1919.
Participação local
A capacitação Água Vida, Vida Nova, em Antônio Carlos registrou a presença do
prefeito Geraldo Pauli; do vice-prefeito Nelio Richart; pelos secretários municipais: Fabio Eggert, Osvaldino Guesser, Filipe Schimit. Também, o evento contou com parte da equipe do plano de bacias coordenada por Paulo Santos; e pelos membros do comitê Tijucas-Biguaçu, com representação em Antônio Carlos, Rosilda Feltrim (Epagri) e Paulo Valadares (Femsa-Vonpar). Também participou do evento, Idelvino Furlanetto, ex-deputado estadual, e representante do gabinete do deputado padre Pedro Baldissera, Furlanetto faz parte do Fórum Estadual das Águas.
Nossos agradecimentos aos participantes, em especial a Silvia Zimmermann e ao Padre Celso Antonio Marquetti, que cedeu gratuitamente o espaço do Centro Catequético Padre Alfredo Junkes. Ao apoio do jornalista Daniel Silva; bem como das palestrantes da Univali: Katia Noemi kuroshima e Isadora Zinnke; e de nossos técnicos: Aline Luiza Tomazi, Tiago Manenti Martins e William Wollinger Brenuvida.
Leia também: http://comitetijucas.blogspot.com.br/2017/06/multiplicadores-da-agua.html
Por William Wollinger Brenuvida, jornalista.
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