Santa Catarina possui 5 das 357 salas verdes do país, e a região de abrangência do Comitê Tijucas Biguaçu pode receber uma nova sala com apoio do GTEA.
Por William Wollinger Brenuvida, jornalista. Com informações de Camila Abbatepaulo.
A sala, qualquer sala, é parte significativa da casa. A sala é uma câmara, um recinto, o receptáculo de coisas que juntamos no percurso da existência. Esse percurso não é apenas um somatório de experiências, é preciso dividir para multiplicar. Quem multiplica não isola, não fecha as janelas da sala, vai abrir portar e janelas, compartilhar o saber, faz do saber um continuum. Para partilhar saberes e fazeres entre as Salas Verdes Catarinenses, ocorreu, nesta quarta-feira, 9/11, o Encontro Catarinense de Salas Verdes. O evento que se deu no Auditório do Centro Socioeconômico (CSE), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis-SC, buscou mais interação entre as salas verdes existentes, incentivando o surgimento de novas salas no Estado.
O encontro possibilitou diversos momentos. Além dos momentos de partilhas entre as salas existentes e roda de conversas com educadores ambientais do Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental (CIEA); do Grupo de Trabalho de Educação Ambiental da Região Hidrográfica 08 de Santa Catarina (GTEA); dos comitês de bacias de bacias hidrográficas, bem como das Salas Verdes Catarinenses, e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), o evento teve uma palestra e a apresentação da Carta de Floripa. Se a Carta de Floripa apresentou o pensamento das Salas Verdes Catarinenses em seus anseios e compromissos; a palestra teve por tema “Conversa sobre as Salas Verdes: criação, manutenção e ampliações”, com Nadja Janke, do MMA. O encontro ainda possibilitou um lanche coletivo a base de frutas, visitas a feirinha e a Sala Verde da UFSC.
O projeto
Coordenado pelo Departamento de Educação Ambiental do Ministério do Meio
Ambiente (DEA/MMA) o projeto Sala Verde tem por objetivo incentivar a implantação de espaços socioambientais para atuarem como potenciais Centros de informação e Formação ambiental. Com a Sala Verde a informação ambiental é democratizada, possibilitando a reflexão e construção do pensamento/ação ambiental.
Com a dedicação a projetos, ações e programas educacionais voltados à questão ambiental o Projeto Salas Verdes possui atualmente 357 salas espalhadas por todo o país. As Salas Verdes devem cumprir um papel dinamizador, numa perspectiva articuladora e integradora, viabilizando iniciativas que propiciem uma efetiva participação dos diversos segmentos da sociedade na gestão ambiental, seguindo uma pauta de atuação permeada por ações educacionais, que caminhem em direção à sustentabilidade.
O Brasil possui 357 salas verdes. A Região Sudeste aparece com 129 salas, logo em seguida vem a Região Sul com 81 salas, a Região Centro-Oeste possui 34 salas, e a Região Norte, em menor número, conta com 25 salas verdes. O Estado de Santa Catarina possui cinco salas verdes nos seguintes municípios: Ituporanga, Jaraguá do Sul, Florianópolis, Braço do Trombudo, e São Domingos.
Abertura e fortalecimento
Na área de abrangência do Comitê Tijucas Biguaçu não existem Salas Verdes. No decorrer do debate aventou-se a possibilidade de novas salas verdes para região com o apoio do Comitê Tijucas Biguaçu e do GTEA. A bióloga e técnica do Comitê Tijucas Biguaçu, Aline Luiza Tomazi, propôs maior estreitamento de laços entre os entes Sistema de Gerenciamento de Recursos Hídricos e os órgãos e sujeitos que atuam na Educação Ambiental em nosso Estado. O Comitê Tijucas Biguaçu é responsável por diversas ações socioeducativas, e de prática socioambiental para preservação da água, e consolidação e aprimoramento da Política estadual e Nacional dos Recursos Hídricos.
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