Nem mesmo as fortes chuvas que afetam o litoral catarinense nos últimos dias impediram que a 71ª Reunião da Comissão Consultiva do Comitê de Gerenciamento das Bacias Hidrográficas dos Rios Tijucas e Biguaçu, e bacias contíguas ocorre e tivesse quórum necessário e representativo. A reunião desta quarta-feira, 31 de maio de 2017, assinalou o recebimento de mais de 130 desenhos e 67 redações recebidas para o concurso do Mês da Água, e teve na pauta:
1. Aprovação da Ata da 70ª Reunião da Comissão Consultiva (em anexo); 2. Capacitação Multiplicadores Ambientais – Fundo Ecumênico; 3. Mês da Água; 4. Encontro do Fórum Catarinense de Comitês de Bacias Hidrográficas; 5. Eventos do Plano de Recursos Hídricos; 6. Informes gerais.
Experiências exitosas comprovam maturidade do comitê Tijucas-Biguaçu
Com relação à capacitação de multiplicadores ambientais, financiada pelo Fundo
Ecumênico, ato promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os técnicos do comitê Tijucas-Biguaçu além de escrever proposta que venceu o edital, também confirmaram a tese de que parcerias são bem-vindas, visto que no ano anterior os concursos de redação e desenho acompanharam o tema da Campanha Ecumênica da Fraternidade da CNBB. A edição 2016, aliás, foi entre as quais alcançou o maior número de escolas e alunos envolvidos nos últimos anos, permitindo maior inserção dos comitês e interação socioambiental com a população da bacia hidrográfica. A iniciativa reforçou as ações do Mês da Água 2017, que apesar do atraso dos repasses do governo do estado de Santa Catarina, e com os esforços da diretoria e técnicos, as agendas estão sendo cumpridas. Já foram recebidos mais de 130 desenhos, e 67 redações para a edição dos concursos deste ano que tem por tema: “O rio que temos”.
Faltam recursos para os comitês
Houve destaque, também, para o Encontro do Fórum Catarinense de bacias
Hidrográficas, e os eventos do Plano de Recursos Hídricos. Os técnicos dos 16 comitês catarinenses não recebem salários, pagos com os repasses do governo estadual desde o mês de dezembro de 2016, sem contar que não há mais recursos para combustível, material de escritório e itens de higiene e segurança nos comitês. A situação alarmante vem sendo contornado com doações da comunidade, e até recursos dos próprios diretores e técnicos que prestam relevante serviço de proteção da água de qualidade e em quantidade para a população, de 14 municípios somente no Tijucas-Biguaçu.
Desde a criação do Comitê Tijucas-Biguaçu, em 2001, houve preocupação para diagnosticar e conhecer, com profundidade o rio que temos. Assim, muitas entidades e pessoas que participam desde a fundação do comitê sempre buscaram definir e implementar um Plano de bacias. Após 15 anos de trabalhos, o governo do estado de Santa Catarina decidiu investir em planos de bacias. Na região do Tijucas e Biguaçu, as divulgações e diagnósticos já começaram. Uma equipe da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está desenvolvendo esse trabalho, que precisa da participação da sociedade civil organizada, empresas e órgãos públicos.
Edital no qual o Comitê restou vencedor |
Participaram da 71ª reunião consultiva: Adalto Gomes, Associação de Moradores do Coroado - AMOC ; Aline Luiza Tomazi, ACAT; Aline da Silva Dias, Fundação do Meio Ambiente de Porto Belo – FAMAP; Amilton Aristes das Chagas, Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – CASAN; Carlos Bogoni, Codesc; Dauzelei Benetton Pereira, Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – CASAN; Edson Roberto Mendes Baierle, Fundação do Meio Ambiente de Bombinhas – FAMAB; José Leal Silva Junior, Câmara de Vereadores de Tijucas; Paulo Santos, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC); Tiago Manenti Martins, ACAT; e William Wollinger Brenuvida, ACAT.
Por William Wollinger Brenuvida, jornalista.
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