2/22/2016

CONCURSO AGITA BACIA HIDROGRÁFICA

Comitê Tijucas lança concursos em três modalidades e busca sensibilizar população da Bacia Hidrográfica para o dilema do esgotamento sanitário

Participar é mais importante que vencer no concurso mais consciente dos
últimos tempos em Santa Catarina. Esse ano, o tema dos concursos de Redação, Desenho, e Fotografia do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas vai ser: “Água e Esgoto: qual é nossa responsabilidade?”. O tema pega carona na Campanha da Fraternidade, e se pretende sensibilizar a população da Bacia Hidrográfica para uma das questões mais emblemáticas de nossa sociedade: a qualidade de vida a partir da água, e o respeito ao planeta Terra como nossa casa. Vamos participar? 

Os editais para as três modalidades (redação, desenho, e fotografia) entram em vigor a partir de hoje. Os municípios de: Angelina, Leoberto Leal, Rancho Queimado, Major Gercino, Nova Trento, São João Batista, Canelinha, Tijucas, Itapema, Porto Belo, Bombinhas, Governador Celso Ramos, Biguaçu e Antônio Carlos são integrantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas.

Saneamento em dados
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009) mencionam que a região Sul do país possui 57,3%, ficando atrás da região Sudeste com 85,6%. As demais regiões brasileiras respondem assim, no mapa do saneamento básico: Centro-oeste (39,2%); Nordeste (33,8%); Norte (13,5%). O Brasil possui 59,1% de domicílios atendidos por rede de esgoto adequada. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, nosso Estado possui 293 Municípios, e apenas 22 municípios são atendidos com serviços adequados de esgoto, perfazendo um total de 8%. Ainda segundo dados do Ministério Público Catarinense são aproximadamente 576 milhões de litros de esgoto despejados diariamente em rios ou no mar em Santa Catarina.

As regras de participação são simples

Tema: “Água e Esgoto: qual é nossa responsabilidade?”

Modalidade: desenho, redação, e fotografia (Maratona fotográfica)

Quem pode participar: Maratona fotográfica (qualquer pessoa);  Desenho (alunos do Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano e Educação Especial); Redação (alunos do Ensino Fundamental do 5º ao 9º ano e Educação Especial).

Período de submissão dos trabalhos: das 08h00min do dia 22 de fevereiro de 2016 até às 17h00min do dia 28 de março de 2016;

Entrega dos trabalhos/Editais/contatos do Comitê: Rua José Manoel Reis 100, centro, Tijucas – CEP 88.200-000 – (48) 3263-6563. comitetijucas@gmail.com – www.aguas.sc.gov.br/comite-tijucas - blog: http://comitetijucas.blogspot.com.br/ - www.facebook.com/comitetijucas/


Edital modalidade Redação: ACESSE AQUI.


Edital modalidade Desenho: ACESSE AQUI.

Edital modalidade Fotografia: ACESSE AQUI.

Ficha de Inscrição: ACESSE AQUI.




2/04/2016

EXPERIÊNCIAS EXITOSAS

Pacto pela Mata Ciliar completa 5 anos de atividades em 14 municípios da Bacia Hidrográfica e se torna vitrine internacional em portal da ONU/FAO.

(*) William Wollinger Brenuvida

Ter boas práticas sempre ajuda. Quando essas práticas são sustentáveis, elas
Boas práticas: Comitê Rio Tijucas recebe membro da ONU/FAO
revelam mais que uma condição de bom caráter, de altruísmo. Práticas sustentáveis necessitam ser compartilhadas, lançadas em uma rede de compartilhamento. A ampla divulgação do Pacto pela recuperação da Mata Ciliar, programa do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, e a apresentação do pacto no Encontro Nacional de Bacias Hidrográficas (Encob) 2015, atraiu os olhares de observadores da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO). A FAO faz parte da Organização das Nações Unidas (ONU), e a partir de fevereiro de 2016, o Pacto pela recuperação da Mata Ciliar é uma ação sustentável que vai figurar entre as boas práticas da ONU, em plataforma mundial.

Na manhã desta quarta-feira, dia 27 de janeiro de 2016, na sede do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, em Tijucas/SC, os membros da diretoria do Comitê Rio Tijucas Adalto Gomes, e José Leal Silva Junior, respectivamente: presidente e secretário geral, e os técnicos da Associação Caminho das Águas (CAT) Aline Luiza Tomazi, Tiago Manenti Martins, e William Wollinger Brenuvida, receberam o senhor Carlos Antonio F. Biasi, Oficial Nacional de Programas da FAO. Na pauta, a inclusão do Pacto pela Recuperação da Mata Ciliar no rol das boas práticas sustentáveis na rede – uma iniciativa da ONU em divulgar ações sustentáveis no planeta.

Pacto da Mata Ciliar e as boas práticas
Exemplos positivos, em todo país, mostram que o engajamento na defesa da água é cada vez maior, contribuindo para projetar ações coletivas em todas as áreas do conhecimento humano. A água é o elemento-chave, indispensável, fundamental na criação e difusão da ciência e do conhecimento porque sem água não há vida no planeta. A partir da água há desenvolvimento cultural, social, econômico. Compreender a água, além da combinação atômica que a compõem é imprescindível para sensibilizar nossa sociedade da importância da Mata Ciliar, das fontes de água limpa, das desembocaduras dos rios que deságuam no oceano. Foi nesse sentido que o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas elegeu o Pacto pela Recuperação da Mata Ciliar como sua bandeira-estandarte. Quando o programa foi apresentado, nacionalmente, no Encontro Nacional de Bacias Hidrográficas, em Caldas Novas/GO, em outubro de 2015, mostrou-se o porque do pacto ser uma importante ferramenta para evitar o agravamento da crise hídrica que assola o país.

O embrião do Pacto pela recuperação da Mata Ciliar vingou no dia 14 de setembro de 2011, no 1º Seminário sobre Mata Ciliar do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. A meta estipulada para recuperação da mata ciliar na Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas e Bacias Contíguas (BHRT), até o ano de 2016, foi de 50km² - lembrando que o pacto verificou ser possível preservar os outros 56km²  cuja regeneração se deu espontaneamente no período de 1985 a 2006. Entre os anos de 2011 e 2015 foram cadastradas 47 propriedades, distribuídas mais de 4 mil mudas, em 14 municípios. Outros proponentes ao cadastro são identificados diariamente pelos técnicos do Comitê Rio Tijucas. Atualmente, o Comitê Rio Tijucas conta um viveiro de mudas no Município de Bombinhas, e doações de empresas que prestam serviços por compensações ambientais no âmbito da Bacia Hidrográfica.

A BHRT se localiza no litoral catarinense, envolve 14 municípios, e tem uma área de preservação permanente (margens de rios e nascentes) de 627 km². Historicamente a região da BHRT foi ocupada há 5 mil anos por migrações oriundas da Amazônia. Pelo menos duas nações indígenas fizeram parte do mosaico cultural pré-colonial após a incorporação das populações sambaquieiras: os itararés, também chamados ceramistas, e que, são do tronco linguístico Jê; e os Guaranis, da etnia M-bya ou embyá, que pertencem ao tronco linguístico tupiguarani. O período colonial se valeu de núcleos vicentistas, cananienses, e de São Francisco do Sul; bem como da contribuição de africanos de diversas etnias, casais açorianos e madeirenses, e portugueses continentais oriundos da Ericeira. O mosaico multiétnico é composto por italianos e alemães de regiões diferentes desses países – quando ainda não havia uma formação política desses Estados. Essa gente toda ocupou, prioritariamente, as nascentes e margens dos rios do Vale do Rio Tijucas e Costa Esmeralda. A exploração sem precedentes com lavouras de extensão, retirada da madeira, e ocupação desordenada levou ao assoreamento de muitos rios, e a criação de lagoas artificiais (extração de areia). Com ajuda do Comitê Rio Tijucas, diversos conflitos do uso da água foram resolvidos e houve um ganho substancial na qualidade de vida da bacia a partir do ano de 2001 – quando o comitê é criado por meio de um decreto do governo estadual.

Para além das propriedades cadastradas, diagnosticadas, e em estágio de cadastrado e recuperação, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas faz campanhas para limpezas das margens de rios e de praias; acompanha o diagnóstico de órgãos ambientais sobre a qualidade as águas; e distribui mudas nativas. Ações socioambientais e socioeducativas mobilizam dezenas de pessoas ano a ano, permitindo que os habitantes da bacia compreendam melhor a interação entre ser humano e água para uma vida saudável. Entre as ações mais significativas estão: a Maratona Fotográfica, o Concurso de redação e desenho, o plantio de mudas nativas e as limpezas de praias e rios.

Prefeituras inseridas na BHRT já se mobilizam para preservar os rios e nascentes. O Município de Nova Trento, com forte expressão da cultura italiana, firmou parceria para a recuperação do entorno do bairro de Trinta Réis, onde 18 hectares foram estipulados como meta - a Eletrosul Centrais Elétricas S.A. vai ajudar na recuperação a partir de uma compensação ambiental. Governador Celso Ramos é outro Município que possui parcerias com órgãos ambientais como o Instituto Chico Mendes para Biodiversidade (ICMbio) - por ser área de entorno da Apa do Anhatomirim; e com o Instituto Çarakura. A iniciativa de recuperação do Rio Areias, na comunidade de Areias de Baixo, já cadastrou três propriedades. As atenções, em Governador Celso Ramos, vão no sentido de recuperar e preservar o Rio Águas Negras que desemboca na Praia de Palmas - importante balneário turístico que recebeu acertificação Bandeira Azul para temporada 2015/2016.

Criada em 1945, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura ou FAO, sigla de Food and Agriculture Organization, está no Brasil desde 1949. Entre os objetivos da FAO está o suporte adequado e sustentável para a garantia da Segurança Alimentar e Nutrição Global.  A entidade promove programas de melhoria da eficiência na produção, elaboração, comercialização e distribuição de alimentos e produtos agropecuários, além de projetos que contribuam para a redução da pobreza rural e o crescimento econômico global. Atualmente é presidida pelo agrônomo brasileiro José Graziano, cargo, aliás, que pertenceu ao eminente cônsul, médico e cientista social, o pernambucano Josué Apolônio de Castro – autor de Geografia da Fome.

A Unidade Regional de Gestão de Projetos para a Região Sul da FAO foi
instalada em março de 2013. Para apoiar projetos e ações sustentáveis, a FAO realizou um acordo com dois parceiros: a Itaipu Binacional e Governo do Estado do Paraná por meio da Secretaria de Agricultura e de Abastecimento. Apesar de a unidade estar sediada no Estado do Paraná, ela é responsável por projetos na região Sul. De acordo com informações prestadas pelo agrônomo Carlos Biasi, Oficial Nacional de Programas da FAO, “Entre as ações implementadas pela Unidade está a criação de um site específico para divulgar boas práticas de desenvolvimento sustentável, com resultados comprovados apesentadas por instituições públicas e da sociedade civil. Essas experiências exitosas são desenvolvidas nos três estados do Sul do Brasil e permitem apoiar um processo de intercâmbio com países da América Latina e Caribe e África.”. Biasi comenta que o Pacto pela Recuperação da Mata Ciliar é candidato a inserção no site da FAO, bastando apenas um sinal positivo do Comitê Rio Tijucas. Aprovado pela diretoria do Comitê, a proposta vai ser submetida à aprovação dos conselheiros na 65ª reunião consultiva do Comitê Rio Tijucas, em 12 de fevereiro de 2016.

Pacto pela recuperação da Mata Atlântica mostra que pode ir mais longe, resultado do trabalho sério e honesto realizado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica, principalmente no diálogo com a população da bacia. A partir de fevereiro, certamente, nós estaremos no rol dos programas de Boas Práticas FAO. Essa importante ferramenta de divulgação, em plataforma internacional, para ações desenvolvidas pelos Municípios que fazem parte do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas é uma semente que vingou – e ainda vai dar muitos frutos.

CREDIBILIDADE FAZ A DIFERENÇA

Membros do Comitê Rio Tijucas com o Presidente da TV Barriga Verde/Band-SC e o Prefeito Paulo Remor
Hoje foi um dia especial para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. Atuando em 14 municípios, hoje nós recebemos diversos apoios que vão, certamente, fazer a diferença em nossos projetos em defesa da água, das nascentes, do desenvolvimento sustentável de nossa região.

Entre os apoios recebidos hoje, um deles veio por meio do representante da
Membros do Comitê Rio Tijucas com Carlos Biasi, da FAO
Organização das Nações Unidas no Brasil, Carlos Antonio Biasi, da FAO. Outro apoio que consideramos muito importante veio do Prefeito de Antônio Carlos, o senhor Paulo Remor, certamente um defensor da água de qualidade para a população e também às empresas que fazem daquele Município um dos expoentes na produção catarinense. Outro apoio veio do senhor Saul Brandalise Junior, representante da TV Barriga Verde, do Grupo Bandeirantes em Santa Catarina, da Band SC. Descobrimos na pessoa do senhor Brandalise Junior o exemplo de quem busca na Comunicação uma tarefa de ajudar a sociedade em todos os aspectos. O representante da BAND SC colocou o veículo de informação/comunicação inteiramente à disposição de pautas que dizem respeito a água porque, segundo Brandalise Junior somente teremos desenvolvimento social e econômico se cuidarmos da água...

Esses apoios, bem como aqueles provenientes de associação comunitárias,
Membros do Comitê Rio Tijucas e o Prefeito Paulo Remor
sindicatos, empresas do porte da Vonpar S.A., da Cerâmica Portobello, ou mesmo de prefeituras, câmaras de vereadores, veículos de informação/comunicação, e principalmente da população da bacia dão ao nosso trabalho mais qualificação e credibilidade. Assim, fazer parte desse time é mais do que um trabalho, é uma vocação, um doar-se ao próximo.

Texto: William Wollinger Brenuvida, jornalista 5177/SC, Associação Caminho das Águas de Tijucas (CAT)
Fotografias: Euclides Kerntopf, Assessor de Comunicação do Poder Executivo de Antônio Carlos (SC)

Bem-vindo, Antônio Carlos!

Faltam detalhes para que a Bacia do Rio Biguaçu se integre, legalmente, ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. A decisão, porém, para inserção dos Municípios de Antônio Carlos (novo membro) e Biguaçu (cem por cento da bacia) já foi tomada e deliberada em setembro de 2015, no decorrer da 41ª Assembleia Geral Ordinária do Comitê Rio Tijucas, em Angelina/SC.

Em reunião com o Executivo Municipal do Município de Antônio Carlos, o Prefeito
Paulo Remor, recebeu membros da diretoria do Comitê Rio Tijucas, e técnicos da Associação Caminho das Águas (CAT) para firmar um compromisso de cooperação técnica e apoio político às ações que priorizem a preservação da água para a população da Bacia Hidrográfica. De acordo com Remor, para que a água de qualidade chegue às torneiras das residências dos cidadãos de Antônio Carlos é preciso um trabalho cooperativo que una a prefeitura, as associações, e as empresas da região.

Prefeito Paulo Remor recebe membros do Comitê Rio Tijucas. Foto: Euclides Kerntopf/Assessoria.
Nos próximos meses diversas ações estão programadas para Antônio Carlos e Biguaçu com a finalidade integrar ainda mais esses municípios ao Comitê Rio Tijucas. Os membros do antigo Comitê Pró-Biguaçu, que hoje são membros do Comitê Rio Tijucas após a anexação da Bacia do Rio Biguaçu vão fazer um diagnóstico dos problemas da bacia. Reuniões pedagógicas, apresentações públicas, além de palestras e ações de plantios de árvores em áreas de preservação permanente estão na pauta dos novos membros.

O abastecimento de água e a rede de esgotamento sanitário, em Antônio Carlos, é de responsabilidade da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) que já faz parte do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas.

Texto: William Wollinger Brenuvida, jornalista 5177/SC
Fotografias: Euclides Kerntopf, Assessor de Comunicação do Poder Executivo de Antônio Carlos (SC)

AVANÇOS NO PACTO PELA MATA CILIAR

(*) William Wollinger Brenuvida


Silvio Pinho, Gerente Geral da Agência do Banco do Brasil recebe os membros Edison Baierle e José Leal, do Comitê Rio Tijucas. William W.B/Assessoria CAT.

No ano em que o projeto de maior envergadura do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas completa cinco anos de bem sucedidas ações em prol à população da bacia, nada melhor que ser referenciado com uma certificação de Tecnologia Social. A notícia da certificação, aliás, chegou em agosto de 2015, mas somente em janeiro de 2016 foi, oficialmente, publicada pelo Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. 

Na manhã desta quinta-feira, 21 de janeiro de 2016, membros da diretoria e técnicos do Comitê Rio Tijucas conversaram com Silvio Gilberto Pinho, Gerente Geral da Agência do Banco do Brasil de Tijucas, ocasião para reforçar laços de cooperação e amizade para o bem da população da bacia hidrográfica.

Entenda a certificação social
O "Pacto pela Restauração da Mata Ciliar da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas" foi desenvolvido pelos técnicos da Associação Caminho das Águas de Tijucas (CAT), entidade gestora do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. O Pacto foi certificado no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2015. A certificação de projetos de Tecnologias sociais é feita pela Fundação Banco do Brasil, que na 8ª edição do prêmio recebeu 866 inscrições de todo país. Foram certificas 154 Tecnologias Sociais, entre elas o projeto apresentado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. O prêmio tem apoio da Petrobras, da Unesco, e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Tiago Martins, José Leal, Silvio Pinho, e Edison Baierle:
laços de cooperação e amizade entre Comitê de bacias e o Banco do Brasil

De acordo com a Assessoria de Imprensa do Banco do Brasil, as certificadas passam a integrar o Banco de Tecnologias Sociais (BTS) da Fundação Banco do Brasil, que soma um total de 850 iniciativas. O BTS é uma base de dados online que reúne metodologias reconhecidas por promoverem a resolução de problemas comuns às diversas comunidades brasileiras. No BTS, as Tecnologias Sociais desenvolvidas por instituições de todo o País podem ser consultadas por tema, entidade executora, público-alvo, região, UF, dentre outros parâmetros de pesquisa.

Saiba mais: https://www.fbb.org.br/tecnologiasocial/

(*) William Wollinger Brenuvida, jornalista (5177/SC), da Associação Caminho das Águas (CAT). É membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas.

PEREQUÊ: um rio poluído?

Suspeita de despejo de esgoto doméstico pode comprometer atividades produtivas e turísticas. Mais de 500 milhões de litros de esgoto são lançados ao mar diariamente em Santa Catarina.

(*) William Wollinger Brenuvida

Crédito da foto aérea: Silvano Silva.


Tão incerta quanto a origem do nome perequê tem sido diagnosticar a mancha escura que tomou parte do mar, nesta semana, entre os Municípios de Itapema e Porto Belo, na Costa Esmeralda – ambos os municípios têm cadeira no Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas. Os índices de saneamento ambiental no Brasil, que não são bons, se somam, agora, aos esforços das administrações do litoral catarinense em querer uma mudança eficiente para questão sanitária – esgoto é vida.

O nome perequê é atribuído, pelo menos, a duas origens: a primeira indígena, com a união dos vocábulos pirá (peixe) e iké (entrar), um rio de peixes, ou rio onde entram peixes. A segunda portuguesa, que significa alvoroço, bagunça, confusão. Na confusão entre os órgãos ambientais, o rio perequê tem de tudo, menos peixe. Apesar de a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) afirmar, na data de hoje, para a imprensa regional, que a mancha escura que encobre parte do mar na foz do Rio Perequê “não condiz com esgoto”, torna-se fato muito estranho que a análise visual e, portanto, preliminar, dos técnicos da Fatma estejam relacionadas apenas a proliferação de algas.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2009) mencionam que a região Sul do país possui 57,3% de domicílios atendidos por rede de esgoto adequada, ficando atrás da região Sudeste com 85,6%. As demais regiões brasileiras respondem assim, no mapa do saneamento básico: Centro-oeste (39,2%); Nordeste (33,8%); Norte (13,5%). O Brasil possui 59,1% de domicílios atendidos por rede de esgoto adequada. De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina, nosso Estado possui 293 Municípios, e apenas 22 municípios são atendidos com serviços adequados de esgoto, perfazendo um total de 8%. Ainda segundo dados do Ministério Público Catarinense são aproximadamente 576 milhões de litros de esgoto despejados diariamente em rios ou no mar em Santa Catarina.



Diante desse quadro desolador, nós encontramos iniciativas positivas em nossa Bacia do Rio Tijucas. O Município de Rancho Queimado, no Alto Vale do Rio Tijucas trata 100% dos efluentes. O Município de Tijucas promete colocar em funcionamento ainda este ano uma estação de tratamento de efluentes (ETE) para dar conta de 60% dos esgotos da cidade. O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas está presente em 14 municípios.

Conflito de competência ou omissão?
Após o sobrevoo pela área afetada é perceptível que o maior afetado pelo problema foi o Município de Porto Belo. A mancha escura foi direcionada ao município por diversos fatores: corrente marinha, vento, chuvas dos últimos dias. Todavia, a Conasa-Águas de Itapema, empresa responsável pela Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Município de Itapema alegam em análise preliminar que a coloração da água na ETE difere da água observada no rio Perequê que invade as águas do oceano. Como já pontuamos acima, a Fatma tem apenas uma análise visual. A Fundação do Meio Ambiente de Porto Belo (Famap), a Conasa-Águas de Itapema, e a Fatma, se igualam em um ponto: os três órgãos seguem esperando as análises técnicas para tomarem providências ambientais, e jurídicas.

O papel do comitê de bacias
Órgão colegiado que tem como objetivo a gestão dos recursos hídricos dentro 
José Leal da Silva Junior, membro do Comitê Rio Tijucas
da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas visitou a foz do Rio Perequê, na tarde de 18 de janeiro. Membros da equipe técnica, e da diretoria tiveram uma noção do grave problema ao conversar com moradores e turistas. De acordo com José Leal da Silva Junior, Secretário-geral do Comitê Rio Tijucas, os habitantes da localidade do Perequê estão muito assustados e querem respostas rápidas dos órgãos ambientais. “Fica claro, na fala dos visitantes, que houve descumprimento de regras ambientais. Os moradores estão desolados, e os comerciantes que nessa época lucram com a temporada de verão calculam prejuízos.”. Leal ainda menciona que a preocupação do Comitê Rio Tijucas é assegurar que essa mancha escura não prejudique, também, o lençol freático, e consequentemente o abastecimento de água para a população da bacia hidrográfica. “Nós vamos questionar se a água ainda será de qualidade para a população da bacia, sem esquecer nosso compromisso com a praia, e com o mar que nos garante fonte de renda e vida”, afirma Leal.

Turistas observam mancha escura na Foz do Rio Perequê.
A partir de 2015, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas encampou, ao lado de empresas usuárias de água, prefeituras, e câmaras de vereadores, a limpeza de rios e praias, em mutirões com associações civis e privadas. No ano de 2015, o Comitê Rio Tijucas, com apoio da empresa Vonpar Bebidas, Prefeitura de Porto Belo, e grupo de escoteiros Nova Ericeira realizaram ampla limpeza na praia de Perequê, em Porto Belo. Presente à visita realizada a foz do Rio Perequê, o técnico do Comitê Rio Tijucas, o engenheiro de aquicultura Tiago Manenti Martins foi taxativo: “Nossa experiência como técnico o bioma marinho mostra que manchas escuras como essa que atingiram o mar em Porto Belo podem prejudicar as atividades pesqueiras, da maricultura, e comprometer o turismo. As análises são preliminares, mas nós do Comitê Rio Tijucas vamos monitorar o ocorrido”.

O Comitê Rio Tijucas foi decisivo quando intermediou, como conciliador, um conflito de água na bacia do rio Perequê, conquistando a confiança, e o apoio da comunidade de Itapema e Porto Belo. Atualmente, o Comitê está presente em 14 municípios: Angelina; Antonio Carlos; Biguaçu,;Bombinhas; Canelinha; Governador Celso Ramos; Itapema; Leoberto Leal; Major Gercino; Nova Trento; Porto Belo; Rancho Queimado; São João Batista; Tijucas.

(*) William Wollinger Brenuvida é jornalista sob o registro 5177/SC. Bacharel em Direito e especialista em Direito Processual, também tem formação em Comunicação Social – habilitação em Jornalismo. Membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tijucas desde 2001. Presta serviços como jornalista para Associação Caminho das Águas de Tijucas – CAT.
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